Transmissão de Energia Elétrica: entenda como funciona o mercado brasileiro

Transmissão de Energia Elétrica: entenda como funciona o mercado brasileiro

A transmissão de energia elétrica é um processo vital para a distribuição de eletricidade desde as usinas geradoras até os consumidores finais. Esse sistema complexo envolve o transporte de energia por extensas redes de linhas de transmissão de alta tensão, que permitem o envio de eletricidade por grandes distâncias com eficiência e segurança.

As linhas de transmissão são apoiadas por torres robustas e estão conectadas a subestações que regulam e ajustam a tensão elétrica, adaptando-a para uso seguro tanto em ambientes industriais quanto residenciais.

Este sistema não apenas conecta regiões produtoras de energia a grandes centros consumidores, mas também integra diferentes fontes de geração, como hidrelétricas, termelétricas e parques eólicos, facilitando o gerenciamento e a distribuição eficaz da energia gerada. O mercado de transmissão de energia no Brasil é altamente regulado, garantindo a expansão contínua e a manutenção da infraestrutura necessária para atender à demanda crescente de energia.

A energia é utilizada para aquecer casas, utilizar eletrodomésticos, fazer máquinas operarem nas indústrias, assim como hospitais e muitos outros segmentos. Abaixo criamos um extenso panorama que serve para você entender como funciona o mercado de transmissão de energia no Brasil. Confira!

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O que é transmissão de energia elétrica?

A transmissão de energia elétrica é um processo essencial no sistema energético que envolve o transporte de eletricidade das usinas geradoras até os consumidores finais, sejam eles residenciais, comerciais ou industriais. Esse transporte ocorre através de uma complexa rede de linhas de alta tensão e subestações que conduzem a energia por longas distâncias com o objetivo de minimizar as perdas de energia durante o percurso.

As linhas de transmissão são as principais estruturas responsáveis por essa tarefa, funcionando como as artérias do sistema de energia, garantindo que a eletricidade produzida nas usinas chegue até as cidades e outros pontos de consumo . A alta tensão usada nessas linhas permite que a energia seja transmitida de forma mais eficiente, reduzindo a quantidade de energia perdida como calor e, por conseguinte, o custo para os consumidores e o impacto ambiental .

Como funciona esse mercado?

O mercado de transmissão de energia elétrica no Brasil é altamente regulado e planejado, sendo uma das peças-chave para a expansão e eficiência do setor elétrico no país. A gestão desse mercado é coordenada pelo governo através de agências reguladoras como a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que define as regras, tarifas e realiza leilões para novos projetos de linhas de transmissão .

O modelo de mercado atual permite o intercâmbio de energia entre diferentes regiões, garantindo a oferta constante de eletricidade mesmo em períodos de alta demanda ou de baixa geração em algumas áreas. Isso é possível devido ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que conecta quase todo o território nacional e permite que a energia seja deslocada de onde é gerada para onde é mais necessária .

Investidores nacionais e internacionais podem participar dos leilões de transmissão, onde são concedidos contratos de longo prazo para construir, operar e manter linhas de transmissão. Esses leilões têm se mostrado atrativos devido à estabilidade e previsibilidade do retorno sobre os investimentos, decorrentes da natureza regulada das tarifas e da essencialidade do serviço .

Portanto, o mercado de transmissão de energia não só é fundamental para a infraestrutura energética do país, mas também representa uma área de oportunidades significativas para investidores do setor energético.

No Brasil, o mercado de transmissão de energia surgiu em 1879 quando Dom Pedro II contratou Thomas Alvas Edison para introduzir a tecnologia de lâmpadas incandescentes na iluminação pública. Anos mais tarde, em 1883, a primeira usina hidroelétrica do país entrou em funcionamento, localizada onde hoje é a cidade de Diamantina, sendo os rios da região as principais fontes de energia.

Ao longo dos séculos XX e XXI, outros tipos de produção de energia foram sendo adotados pelo governo brasileiro como termoelétricas, usinas nucleares, energia solar e eólica. No passar dos séculos tivemos investimentos em hidrelétricas, com destaque para Itaipu, a segunda maior usina hidrelétrica do mundo até então.

O aumento do consumo e a consolidação da energia elétrica trouxe a necessidade da criação do mercado de energia no Brasil.

Geração de energia: qual é o caminho percorrido pela energia elétrica?

O mercado de energia tem sua origem nas usinas geradoras de energia do país. No Brasil, a maior parte da energia gerada provém das hidrelétricas, correspondendo a praticamente cerda de 70% da capacidade de geração instalada no país. A segunda fonte que mais gera energia para o país deriva de termelétricas, com 14%, enquanto o terceiro lugar fica com a energia eólica, com 8%.

Precisamos destacar ainda as distribuidoras de energia e seus agentes comercializadores, que são importantes para a cadeia produtiva do mercado de energia elétrica brasileira. Eles não produzem energia, mas podem atuar comprando ou vendendo energia.

Desta forma, cada um dos investidores que atuam no mercado de energia elétrica operam por meio de licenças, concessões ou autorizações. Para operar, as empresas do setor precisam se submeter a uma série de regras de várias instituições, sendo a ANAEEL a principal delas.

Além disso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico tem importante papel já que é ele que controla o estoque nas usinas hidrelétricas e faz a previsão da vazão dos rios, liberando assim o maior uso das fontes de geração térmica para suprir a demanda, caso a produção nas hidrelétricas esteja abaixo do necessário.

Linhas de transmissão: alguns números da transmissão de energia elétrica

A transmissão de energia elétrica tem como objetivo gerar eletricidade até os responsáveis pela entrega (que são os distribuidores) para os clientes. Esses dois grupos (transmissão e distribuição) são regulados pela ANEEL e são considerados monopólios naturais, visto que uma competição entre empresas do setor não traria quaisquer benefícios para a sociedade.

De modo geral, o mercado de energia elétrica tem como alguns números base:

  1. 60% da geração de energia elétrica é produzida através de hidrelétricas
  2. 85% das unidades de consumo são residências
  3. 35% do consumo de energia é feito por indústrias

As informações acima consolidam informações públicas da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica. O trabalho é o resultado da cooperação entre os agentes do mercado de energia, tanto fornecedores quanto consumidores. Outro órgão que auxilia nessa construção é a Comissão Permanente de Análise e Acompanhamento do Mercado de Energia Elétrica (COPAM), mas com supervisão realizada pela EPE.

Outro ponto importante a ser destacado é a criação do Sistema de Acompanhamento de Medições Anemométricas (AMA), que consiste em um aplicativo para computadores. Esse aplicativo tem como objetivo realizar o registro das medições anemométricas e climatológicas fornecidas pelos parques eólicos que ganham os leilões de energia elétrica, tanto os de compra quanto os de venda.

De maneira geral, esses leilões acontecem e são promovidos pelo Governo Federal, através do meio do Ministério de Minas e Energia. As medições consistem em uma grande fonte de dados para estudos sobre a energia eólica. Entretanto, não se resumem a isso. O Anuário Estatístico de Energia Elétrica e a Resenha Mensal de Energia Elétrica fornecem subsídios completos para o estudo do mercado.

Veja no vídeo abaixo como funciona a transmissão de energia elétrica:

Distribuição da energia de que maneira ela ocorre hoje?

Estação Geradora

A energia elétrica pode ser produzida a partir de diversas fontes, mas a hidrelétrica é a principal geradora no Brasil. Dessa forma, as hidrelétricas são o primeiro passo para a transmissão de energia elétrica.

Subestações de Transmissão

A energia produzida nas usinas sai direto para as estações de transmissão, e logo após segue por transformadores para aumentar a sua voltagem. Trata-se de uma operação necessária para que consiga chegar até a sociedade civil. Depois disso, a energia é conduzida para as cidades e indústrias por meio de linhas de alta tensão, que podem ser avistadas comumente nas estradas, por exemplo.

Linhas de Transmissão

São torres altas de tensão que levam a energia elétrica por longas distâncias. Para reduzir as perdas de energia durante o caminho, ela é transmitida com uma grande voltagem. Por conta disso, as linhas de transmissão são áreas em que não é possível construir nenhum elemento, desde casas, comércios, indústrias ou praças.

Subestações de Distribuição

A eletricidade passa pelos transformadores de tensão nas subestações para que tenha a sua potência diminuída e, assim, possa ser transmitida para as residências, comércios, escritórios e indústrias de pequeno porte. Ela é enviada para a rede de distribuição somente após esse procedimento.

Fiação dos Postes

Após essa etapa, a energia passa para a fiação dos postes, em que é novamente submetida a uma diminuição da voltagem. Após o procedimento, passa pela fiação (subterrânea ou aérea), até chegar às residências, escritórios e comércios.

O Consumidor Final de energia elétrica

Atualmente, a energia se faz presente em quase todo o território nacional, e é um importante instrumento de cidadania e inclusão social. Para a luz chegar até os interruptores e tomadas de nossas casas, escritórios, ou comércios, a energia fica disponível para utilização no mesmo momento em que é acionada, tornando possível a utilização de equipamentos eletrônicos, iluminação, carregamento de aparelhos como celulares e notebook etc.

Envelhecimento do sistema de transmissão de energia elétrica

Atualmente, o sistema de transmissão de energia brasileiro é composto por diversas instalações que se encontram envelhecidas. Ao passar dos anos, esse cenário se tornará mais crítico no futuro, já que equipamentos mais antigos permanecerão em operação e talvez sua manutenção não esteja em dia.

O envelhecimento deste sistema é potencializado pela inserção massiva de fontes renováveis intermitentes na rede, que implica em ciclos de carregamento e operação distintos ainda mais severos quando comparados aos tradicionais projetos originais desses equipamentos. Um grande desafio enfrentado nas próximas décadas consistirá na substituição da infraestrutura do sistema elétrico como um todo, na medida que for envelhecendo.

A malha de transmissão deve ser constantemente monitorada e ter seus recursos otimizados para que os níveis de confiabilidade, assim como também os de qualidade, exigidos pela sociedade se mantenham. Porém este tipo de serviço pode ser bastante complicado de se fazer manualmente. Estes tipos de cuidados na manutenção tendem a contar com investimentos significativos, que eventualmente até podem superar a capacidade financeira das empresas. Mas essa expansão real da transmissão de energia elétrica no Brasil é fundamental para o desenvolvimento da economia do país.

Necessidade de expansão das linhas de transmissão

O setor de transmissão é fundamental para a economia brasileira, e a sua expansão é extremamente necessária para o aprimoramento do fornecimento de energia. O principal motivo da necessidade de expansão da capacidade de transmissão é garantir que o sistema tenha recursos suficientes para satisfazer a demanda total esperada ao menor custo possível durante um período de planejamento, levando em conta as incertezas relacionadas, tais como perfil de demanda e desenvolvimento, geração e localização da demanda de fornecimento, atendendo aos requisitos de confiabilidade.

Contudo, este sistema ainda está longe de abranger todo o território nacional. A dificuldade deste problema decorre da necessidade de equilibrar os requisitos de economia e confiabilidade do sistema concorrente, especialmente as interconexões regionais. A fim de reduzir o risco de múltiplas contingências, conciliar economia com confiabilidade normalmente requer opções técnicas e a necessidade de rotas de linhas de transmissão alternativas.

As crescentes restrições socioambientais, que limitam a disponibilidade de faixas de passagem e o fornecimento de locais de subestações, especialmente na região amazônica e nos principais centros de carga, são outra fonte de dificuldade do sistema de transmissão.

Além da necessidade de supervisão, que é de responsabilidade da ANEEL, a multiplicidade da capacidade de transmissão, de várias origens e características corporativas, requer um esforço contínuo de planejamento por parte da ONS, desde o processo do projeto até a execução do sistema.

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Trata-se de uma tecnologia que une o trabalho de drones e câmeras, automatizando processos arriscados e demorados que incluem escalar a estrutura das torres, facilitando e tornando a inspeção muito mais segura e rápida.

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