Pelo quarto ano consecutivo, a startup gaúcha, Pix Force, é destaque no ranking da 100 Open Startups, plataforma internacional dedicada a conectar grandes empresas a startups que apresentam soluções inovadoras para o mercado. Em 2018 e 2019, a startup gaúcha alcançou a primeira posição na categoria Visão Computacional, já em 2020 e 2021 liderou a lista de negócios inovadores em Inteligência Artificial, provando sua expertise em um mercado cada vez mais competitivo.
A classificação anual das milhares de startups é baseada em níveis de atratividade para o mercado, sendo um reconhecimento para o ecossistema de startups brasileiras, modelos de negócios capazes de ampliar a competitividade nacional em diferentes setores, gerando crescimento econômico através de soluções inovadoras. As startups participantes do ranking são avaliadas por uma rede de especialistas, investidores, executivos e grandes empresas que possuem programas voltados para o fomento da inovação. Quanto maior for o número de contratos fechados e relacionamentos estabelecidos com o mercado, melhor será a posição final no ranking.
O trabalho de prospecção e busca por novos modelos de negócios realizado pela startup gaúcha também resultou no sexto lugar na listagem geral da 100 Open Startups nos dois últimos anos. Referência na promoção de soluções em Inteligência Artificial (IA) aplicada à imagem, a startup gaúcha apresenta ao mercado brasileiro de inovação as vantagens de fazer negócios com gigantes de diferentes setores, contribuindo para o desenvolvimento econômico saudável. Entre as empresas atendidas estão AcerlorMittal, CPFL, Eneva e Suvinil, organizações já consolidadas no mercado e dispostas a introduzirem inovação em seus processos.
Impulsionada pelo trabalho realizado por startups brasileiras em diferentes segmentos, a introdução de novas tecnologias tem trazido benefícios para os mais variados setores econômicos. Para a indústria mineradora, a Pix Force tem desenvolvido trabalhos que garantem eficácia e segurança para o transporte de minério e outros insumos, atuando diretamente na incorporação de soluções em IA aplicada à visão computacional.
Fundada em 2016, a startup gaúcha desenvolve tecnologias utilizando IA e machine learning, gerando informações para diferentes setores através da aquisição e interpretação automática de imagens e vídeos – processo também chamado de visão computacional. A iniciativa já se consolidou por meio de contratos com gigantes de diferentes segmentos, como a indústria de mineração e energia elétrica, resultando em investimentos em projetos que ultrapassam a casa dos R$ 7 milhões.
Segundo um dos cofundadores da startup, Renato Gomes, a necessidade de democratizar o uso de imagens, tornando sua captação e análise mais acessível para a indústria brasileira, fez com que a startup trouxesse soluções para uma dor latente do mercado.
“Quando iniciamos as primeiras conversas sobre a fundação da Pix Force, em 2014, a captação e a análise de imagens era um processo extremamente caro e de difícil acesso. Mas nós sempre optamos por trabalhar de maneira muito próxima com os verdadeiros desafios enfrentados pelo mercado, atendendo a parâmetros industriais ligados à produção em grandes escaladas, velocidade e precisão nas entregas”, explica.
Papel de vanguarda em diferentes segmentos
Criada a partir de demandas reais do setor florestal para captação e processamento de imagens, a Pix Force se solidificou apresentando soluções de alta precisão com velocidade nas entregas e baixo custo. Em 2014, quando foram realizadas as conversas iniciais que resultaram na criação da startup, o uso de drones estava ganhando espaço e a disponibilidade de imagens se tornando cada vez mais acessível.
Inicialmente, o setor florestal se mostrou solo fértil para os trabalhos realizados pela startup. A ampla e sólida estrutura do mercado tornou o Brasil um dos líderes globais na produção de florestas para papel e celulose, fazendo com que a introdução de novas tecnologias encontrasse abertura para tornar a escala de produção ainda mais eficiente.
Após atender empresas já consolidadas na área, a oportunidade de negócio foi se expandindo, fazendo com que a Pix Force chegasse a outros setores e estabelecesse parcerias com gigantes de diferentes segmentos. Um dos diferenciais da startup está relacionado à escolha de trabalhar com demandas reais apresentadas pelos clientes, se distanciando da chamada ideação, fase em que modelos de negócios são criados com base no que se acredita que será absorvido pelo mercado.
A escolha fez com que a startup precisasse se adaptar, desde sua fundação, a parâmetros industriais de alto nível, levando em consideração pontos estratégicos que englobam produção em grandes escalas, alta precisão em relação aos produtos e adaptabilidade da tecnologia.
“Nós optamos por trabalhar de forma muito próxima com as dores reais dos clientes, entendendo os desafios que eles nos trazem. A partir disso, nós apresentamos soluções em torno de demandas que já existem no mercado, uma escolha que está no DNA da Pix Force, buscar desafios apresentados por grandes empresas que são referência em seus setores”, explica Renato.
Uma das soluções desenvolvidas pela Pix Force, a Deeptrack, é capaz de garantir maior agilidade, praticidade e segurança para a logística da indústria mineradora. Drones equipados com sensores infravermelho e RBG são capazes de sobrevoar quilômetros de extensão de correias transportadoras de minério de ferro e outros insumos, transformando as imagens captadas pelas aeronaves em relatórios de inspeção termográfica que serão avaliados posteriormente. Ao integrar visão computacional à indústria mineradora, a solução atua diretamente em problemas enfrentados pelo transporte de matéria-prima e insumos, evitando paradas inesperadas, riscos para os trabalhadores e desperdício de dinheiro.
Necessidade de inovação no mercado brasileiro
A capacidade da tecnologia de alcançar cada vez mais mercados nunca esteve tão veloz, assim como o ecossistema brasileiro de inovação, que vive um processo de expansão sem precedentes. Segundo a 100 Open Startups, 3.334 corporações fizeram contratos com startups em 2021, número que já supera o parecer total do ano passado. Já o número de startups que colaboraram com grandes empresas saltou de 13.092 em 2020 para 18.355 em 2021.
A introdução de novas tecnologias no mercado se torna cada vez mais urgente caso empresas brasileiras queiram aumentar sua competitividade. Afinal, por atuarem diretamente com a gestão de dados, soluções em IA permitem que gestores tomem decisões mais assertivas, seguindo suas prioridades estratégicas.
“Grande parte da nossa consolidação tem relação com o momento que estamos vivendo. Hoje temos uma confluência de fatores que possibilitam às empresas incorporarem tecnologia de forma muito mais democrática e com custo acessível”, afirma o cofundador.
Além do trabalho realizado pelo ecossistema brasileiro de startups, a incorporação de novas tecnologias no cenário brasileiro depende diretamente da abertura das empresas para a inovação. Dados divulgados pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) apontam a introdução de soluções inovadoras no mercado como meio decisivo para minimizar prejuízos causados pela pandemia. De acordo com a pesquisa, 83% das indústrias afirmam que precisarão de mais inovação para sobreviver no cenário pós-Covid-19.
Outro cofundador da startup gaúcha, Pix Force, Daniel Moura, reforça a necessidade de inovação para que empresas já estabelecidas sigam crescendo nos próximos anos.
“Há organizações consolidadas que se acomodam e não fazem questão de inovar, mas nossos clientes são de fato diferenciados nesse aspecto. Além de terem essa vontade de continuar traçando novos caminhos, as empresas que atendemos estão buscando o que há de melhor em termos de tecnologia”, disse.
Expansão por meio da criação de verticais
Atenta às demandas do mercado, em 2019 a Pix Force passou por uma nova transformação, chegando ao patamar que se encontra atualmente. Para isso, foi necessário negar propostas que tinham mercados pequenos, voltadas para soluções não escaláveis ou muito customizadas para determinada realidade. É nesse cenário que as chamadas verticais, novas startups que nascem a partir de demandas da Pix Force, ganham espaço e passam a desenvolver novos produtos.
De forma geral, as verticais aumentaram a eficiência do atendimento em segmentos distintos, permitindo que produtos escaláveis chegassem a ainda mais clientes.
“No fim das contas, atendemos a grandes empresas que possuem perfis similares, com demandas para soluções de alta precisão. Mas cada setor tem sua maneira de atuar, então achamos mais eficiente ter verticais que pudessem falar a mesma língua do cliente, apresentando os produtos de forma mais objetiva e focada”, explica Daniel.
Uma das verticais da Pix Force, a Pix Grid aplica tecnologia para ampliar a segurança e a padronização das operações no setor elétrico, desenvolvendo soluções para acesso mais rápido a dados, emissão de alertas automáticos, aumento de produtividade e garantia da agilidade nos resultados. Através da IA, drones equipados com sensores são habilitados para realizar inspeções nas linhas de transmissão.
“Hoje temos produtos únicos no mundo, algo que também faz parte do nosso DNA. Soluções como as que reúnem IA para o processamento de imagem costumam ser pioneiras no mercado, fazendo com que a gente tenha grandes oportunidades de trazer inovação aos clientes que atendemos”, disse.
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Soluções em IA e visão computacional
Umas das bases da Pix Force, a IA aplicada à visão computacional já se mostrou extremamente eficiente na solução de diferentes dores do mercado. No setor de mineração, por exemplo, a captação de imagens por meio de drones pode ser capaz de facilitar diferentes atividades, incluindo o levantamento topográfico da área, avaliação do volume de minério, mensuração de riscos para o meio ambiente e aumento da segurança dos trabalhadores.
Justamente por lidar com gestão e análise de dados, é que a IA se torna cada vez mais pertinente para que gestores possam tomar decisões assertivas, seguras e precisas. A transparência de informações leva o processo de incorporação tecnológica a outros patamares, indo muito além da simples automatização de etapas da produção.
Ao apostarem na inovação, gestores contam com a parceria de startups especialistas em atender diferentes demandas. Se ciência, inovação e tecnologia são consideradas gastos por grupos mais conservadores, no mercado de alta competitividade são a chave para a sobrevivência e crescimento.
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